O "Novo" Benfica continuação...

Já se viu que o Benfica vai jogar em 4-4-2 (losango) com possibilidade para derivar para 4-3-3 se assim for necessário.
A equipa tipo será Moreira, Maxi Pereira, Luisão, D.Luiz, Shaffer, Javi Garcia, Ruben Amorim, Di Maria, Aimar, Cardozo e Saviola.
Jesus já demonstrou que o tridente atacante será muito provavelmente Aimar no vértice mais recuado, com Cardozo e Saviola como avançados. Sobre este tridente só tenho a dizer que é magnífico, equilibrado, para mim parece-me que pode ser um trio de sucesso. Aimar está, depois de recuperado das lesões pelo departamento médico da Luz a jogar no lugar que a camisola indica, nomeadamente o 10, é ai que ele rende mais e já se viu dele coisas que não se tinha visto a época anterior. Cardozo e Saviola parecem a sorte grande a terminação, mas como são tão diferentes complementam-se um é um avançado mais estático mais de área o outro é móvel e procura a bola. Para além disso Saviola e Aimar já se conhecem do River Plate onde formaram uma dupla temível.
Depois no tridente do meio campo, ai persistem algumas dúvidas. Jesus tem apostado em Yebda como trinco enquanto Amorim esteve lesionado, depois da sua lesão foi ele a ocupar esse lugar, alternando também com a presença como interior esquerdo, que tem sido ocupada por Carlos Martins. Como interior direito tem actuado Di Maria um homem mais móvel e rápido.
Desta três posições nada me parece adquirido, primeiro porque chegaram dois reforços dispostos a jogar em dois lugares desse meio campo, segundo porque os jogadores têm demonstrado muito valor. É muito provável que após a aquisição de Javi Garcia que é um trinco verdadeiro, as adaptações terminem e se ele mostrar serviço é muito provável que fique com o lugar. A chegada de Ramires (jogador lutador) e a boa prestação de Amorim na temporada transacta faz deles os maiores candidatos ao lugar de interior esquerdo, mas Carlos Martins tem demonstrado que se quer finalmente afirmar e dificultar ainda mais as contas ao treinador, nesta posição não consigo definir titular, se bem que para mim seria Ruben a primeira escolha. Carlos Martins pode também ser a alternativa a Aimar como 10.
Do lado direito Di Maria tem mostrado que quer ser titular este ano e que quer finalmente impor-se na equipa, mas o Fábio Coentrão que regressa de um empréstimo, tem também mostrado a mesma vontade e querer. Prefiro o português ao argentino, na hora da escolha vamos ver quem será o titular de Jesus.
Na defesa muito dificilmente os laterais não passarão por Maxi Pereira e Shaffer, o primeiro porque continua como a mesma vontade e entrega do ano passado, e Patric não mostrou o suficiente para lhe roubar o lugar, o segundo porque dos dois jogadores para aquela posição é Shaffer que se mostra mais esclarecido a atacar, mesmo não estando ainda a jogar como se quer a defender. Os centrais para mim seriam M.Vitor e D.Luiz, mas o mais provável será a inclusão de Luisão em detrimento de M.Vitor.
O Guarda-redes tem sido um ponto que os benfiquistas queriam ver resolvido e para eles com um novo redes, para mim a solução está dentro do clube, o problema é a extrema falta de confiança que Quim demonstra e sente de uns tempos para cá, se assim não fosse seria ele o meu titular, momentaneamente Moreira parte em vantagem com mais confiança.
Partindo do princípio que o onze titular seria aquele por mim lançado tínhamos três reforços como titulares, o que significa que Jesus está a aproveitar a boa mão-de-obra desaproveitada por Quique.
Mais ainda de salientar que o Benfica contará com excelentes soluções no banco, um dos maiores deficits dos anos anteriores. Na defesa contamos com Patric, Sidnei, M.Vitor, Sepsi, e talvez o “puto” Rodrick no meio campo há Yebda, Carlos Martins, Coentrão, Urreta, Ramires, para o ataque temos Nuno Gomes, Mantorras e o novo reforço Weldon.
A mão-de-obra não falta, o trabalho também não.
Resumindo, o novo Benfica talvez não será assim tão novo, (desde que paremos por aqui em contratações e que não haja vendas), o que é novo no Benfica é a mentalidade e vontade que Jesus trouxe.
Não vou entrar em euforias, mas como adepta do maior clube português posso exigir que o meu clube no mínimo aspire a ser campeão nacional e ganhar mais uma das outras três competições em que se encontra.
A palavra de ordem é trabalho e ambição, pois só assim se vai poder fazer do Benfica campeão.